quarta-feira, 20 de maio de 2009

Selecção de 3 recursos educacionais abertos com base num conjunto de critérios relevantes

Actividade 3

Seleccionar 3 recursos educacionais abertos, indicando de forma breve o modo como seriam usados (articuladamente ou cada um por si) e um conjunto de 5/6 critérios, explicitados e fundamentados sinteticamente, que presidiram na escolha desses recursos. O modo de publicação utilizado foi o wikispace.

Resultado do trabalho aqui.

Trabalho realizado, no âmbito da Unidade Curricular de Materiais e Recursos para E-learning, do Mestrado de Pedagogia do E-learning da Universidade Aberta.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Wikispace - Recursos Educativos Abertos

Este Wikispace foi realizado no âmbito da unidade curricular Materiais e Recursos para eLearning, pertencente ao primeiro ano curricular do Mestrado em Pedagogia do E-learning, na UA.

domingo, 10 de maio de 2009

Recursos Educativos Abertos - REA

Muitas são as razões que levam os estudantes a desistirem dos seus cursos, uma delas é custo elevado dos livros escolares. Nos países em desenvolvimento, o fornecimento adequado de livros defronta-se com problemas tais como: falta de moedas firmes e ou fraqueza de moeda local; equilíbrio de fornecimento entre os livros produzidos localmente e os importados; demora desnecessária devido a problemas de transporte; etc. Estes problemas têm contribuído para o aumento dos preços dos livros. Muitos dos países em desenvolvimento dependem muito da ajuda estrangeira para as suas necessidades básicas na educação o que pode contribuir para o aumento dos custos dos livros e materiais escolares.
O post An everyday OCW story from South Africa - vem de encontro ao que foi referido por mim anteriormente. Karen Wallace é uma professora da University of the Western Cape, que lecciona o curso de química. Este curso exige aos alunos a compra de dois livros. A professora Karen sabe que os seus alunos apenas terão dinheiro para comprar um dos livros, por isso, elaborou um conjunto de materiais didácticos com as temáticas contidas nos livros. Estes materiais foram passando de estudante para estudante e foram modificados continuamente ao longo do processo de aprendizagem, fazendo com que a qualidade dos mesmos aumentasse.
Geralmente, as instituições educacionais nos países em desenvolvimento, não têm recursos financeiros para o desenvolvimento em grande escala de materiais didácticos. Se todas as instituições contribuíssem um pouco na partilha de recursos didácticos, essa colaboração iria contribuir para o desenvolvimento de um conjunto de materiais. Permitindo assim o alcance de grandes avanços. Esta é a filosofia do Recursos Educativos Abertos. No meu primeiro post Juliet Stoltenkamp fala sobre os OpenCourseWare e tenta incentivar os professores, neste caso a professora Karen Wallace, a publicar todo o material criado para o seu curso de química. O objectivo de Juliet Stoltenkamp é fazer com que Keren Wallace perceba a importância da partilha dos seus recursos educativos. Mas esta professora tem dúvidas em relação às vantagens da partilha dos seus materiais didácticos. Ela sabe que a partilha e o trabalho colaborativo são uma mais-valia para obter melhor conteúdo educacional.
São muitos os professores nas universidades que ainda têm receio de partilhar os seus próprios recursos, muitos deles não sabem a importância, as potencialidades que os Recursos Educativos Abertos podem oferecer. A utilização dos Recursos Educativos Abertos vai permitir a existência de uma grande troca de conhecimento. Estamos perante uma sociedade e uma economia baseada na partilha e difusão do conhecimento, isto representa uma oportunidade para os países em desenvolvimento. Como exemplo posso referir o estado indiano de Kerala (tem um nível de desenvolvimento humano que se aproxima dos países do Norte). Muitos são os países que estão a “crescer”, tal como o estado indiano de Keral, com base no conhecimento e na inteligência. No futuro, o potencial de desenvolvimento de uma sociedade vai depender menos da sua riqueza natural do que da sua capacidade de gerar, partilhar, difundir e utilizar o conhecimento. Este conhecimento deve estar ao alcance de todos, ninguém deve ser excluído numa sociedade do conhecimento. Para isso as sociedades têm de investir muito na educação para todos. A possibilidade de troca ou partilha de conhecimento aumenta muito com a utilização, nas universidades dos Recursos Educativos Abertos.

A professora Karen Wallace está com dúvidas em relação à partilha de materiais, será que ao partilhar os seus materiais ela receberá apenas comentários sobre melhorias em relação a esses materiais, ou conseguirá que essas pessoas se comprometam nesse mesmo processo? O OpenCourseWare deveria fazer parte das nossas práticas educativas e não ser mais um esforço extra. Mas na verdade estamos muito longe disso, algumas instituições ainda não estão preparadas para este novo conceito. A University of the Western Cape já tem alguém responsável por transmitir aos professores a importância da partilha. Juliet Stoltenkamp conseguiu convencer a professora Karen Wallace a partilhar o seu curso de química, este foi mais um passo no desenvolvimento dos materiais didácticos.
Existe um factor muito importante a ter em conta na partilha de materiais didácticos. Quando algum professor está a criar o seu próprio material não pode pensar que basta ele compreender o que lá está. Os professores têm tendência a criar os seus materiais apenas e exclusivamente para eles próprios, isto torna a partilha mais complicada. Todos os professores têm de perceber que ao criarem um recurso educativo aberto têm de considerar que outras pessoas têm de compreender o que lá esta. Por isso a estrutura e o conteúdo dos materiais têm de ser perceptivos para diferentes pessoas.
De forma a incentivar os professores das universidades do continente Africano, tal como a professora Karen Wallace, a utilizar os Recursos Educativos Abertos foi criado o OER África (post A new OER initiative in Africa). Ninguém pode perder o comboio nesta era do conhecimento, por isso todos temos que contribuir para que as grandes potencialidades dos Recursos Educativos Abertos contribuam para o desenvolvimento dos seus países, dando oportunidade aos mais pobres a uma aprendizagem justa e igual para todos.
A OER África é uma iniciativa recente e inovadora que tem como objectivo, desempenhar um papel de liderança na condução do desenvolvimento e da utilização de Recursos Educativos Abertos no ensino superior em todo o continente africano e estabelecer uma plataforma para a sua implementação a longo prazo. O grande potencial dos Recursos educativos abertos tem ganho cada vez mais destaque ao longo dos últimos anos. Em suma, o conceito de Recursos Educativos Abertos é o nome utilizado para descrever os recursos educativos que estão livremente disponíveis para a utilização por parte de educadores e educandos. Os Recursos Educativos Abertos são potencialmente poderosos por várias razões, incluindo: não têm restrições em relação às cópias dos recursos; contribuem para a adaptação de materiais que permitam aos alunos serem participantes activos em processos educativos, onde os alunos aprendem criando e fazendo, não apenas pela leitura e absorção passiva; permite aos educadores o acesso a baixo ou nenhum custo de materiais didácticos. O conceito dos Recursos Educativos Abertos foi elaborado com base no princípio de garantir o direito à educação para todos (como indicado na Declaração Universal dos Direitos do Homem). A importância de encontrar formas de expandir as oportunidades educacionais não pode ser subestimada. A Educação Aberta pretende pôr em prática políticas e práticas que permitam a entrada para a aprendizagem sem barreiras ou mínimos no que diz respeito à idade, sexo, falta de dinheiro, ou limitações de tempo e com o reconhecimento de aprendizagens anteriores. A OER África foi criada com a convicção de que os Recursos Educativos Abertos têm um poderoso papel, tal como já referi anteriormente, a desempenhar no desenvolvimento das instituições do ensino superior em toda a África.

Cada vez mais, estamos perante a exigência, por parte dos alunos, de uma melhoria das práticas pedagógicas e de conteúdos. Para que as instituições de ensino superior consigam dar resposta a estas exigências, tem de existir alguém que sensibilize as instituições de ensino superior para os benefícios dos Recursos Educativos Abertos (tal como aconteceu à Karen Wallace que foi incentivada a partilhar o seu material do curso de química), alguém que dê apoio colaborativo no desenvolvimento dos Recursos Educativos Abertos, que ensine os professores a adaptarem e implementarem o conceito dos Recursos Educativos Abertos dentro das universidades. Tudo isto porque as potencialidades dos Recursos Educativos Abertos vão permitir um aumento na qualidade dos materiais didácticos. Cada vez mais os professores universitários têm de estar conscientes das potencialidades que os Recursos Educativos Abertos podem oferecer aos seus alunos. Os professores universitários e alunos não podem ser apenas consumidores passivos, estes têm de participar activamente no processo dos Recursos Educativos Abertos.

A participação de todos irá contribuir para construção do ensino superior de um país, que desempenha um papel crítico na construção e manutenção de uma sociedade, da sua economia, produzindo o futuro de um país através de líderes intelectuais livres e abertos no desenvolvimento e na partilha comum de capital intelectual. O que acabo de dizer vem de encontro ao post, de Sarah Stewart. Não podia estar mais de acordo com ela. Sem dúvida que uma forma de desenvolver uma sociedade de forma sustentada é fazer com que todas as pessoas tenham acesso aos vários recursos educacionais e profissionais. Esta ideia vai de encontro aos objectivos iniciais na criação do projecto OER África. A partilha do conhecimento é feita de forma muito mais fácil se as instituições ou universidades não colocarem muros como forma de bloqueio aos recursos educativos. É fundamental que toda a informação educativa seja colocada de forma aberta para todos terem a possibilidade a uma aprendizagem ou conseguirem visualizar. Quando falo em informação educativa estou a falar de tudo aquilo que um professor utiliza para leccionar um curso. Gostei de visualizar o que pensam os professores da universidade de Otago Polytechnic sobre os Recursos Educativos Abertos (ao ver este vídeo recordei muito do que foi dito por todos nós na discussão da actividade 1). Esta Universidade já disponibiliza muitos dos seus recursos educativos e programas na Internet de forma aberta, na minha opinião estão de parabéns.

Referências:
Post 1: An everyday OCW story from South Africa
Post 2: A new OER initiative in Africa
Post 3: Sarah Stewart

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Post 4 - An everyday OCW story from South Africa

Este post é o testemunho de uma professora. É engraçado visualizar como a história de alguém, pode dizer-nos muito sobre o que funciona e o que não funciona no OpenCourseWare e nos Recursos Educativos Abertos - especialmente em países em desenvolvimento. Tal como referi no post 3 a existência de livros livres na Internet é algo fundamental para que determinados alunos consigam tirar um curso. Neste caso temos o testemunho de uma professora, que ao perceber que os alunos não tinham dinheiro para comprar os livros, começou a elaborar os seus próprios materiais didácticos e estes foram passando de estudante para estudante. Estes materiais foram sendo modificados ao longo do processo fazendo com que a qualidade dos mesmos aumente.

Esta professora tem dúvidas em relação às vantagens da partilha dos seus materiais didácticos. Ela sabe que a partilha e o trabalho colaborativo é uma mais valia para obter melhor conteúdo educacional. Mas será que ao partilhar os seus materiais ela receberá apenas comentários sobre melhorias em relação a esses materiais, ou conseguirá que essas pessoas se comprometam nesse mesmo processo?

O OpenCourseWare deveria fazer parte das nossas práticas educativas e não ser mais um esforço extra. Mas na verdade estamos muito longe disso, algumas instituições ainda não estão preparadas para este novo conceito. O material criado por um professor não pode ser colocado logo numa ferramenta de Recursos Educativos Abertos (ferramentas essas referidas no post 2) isto, porque o professor fez esse material para ele próprio usar. O professor sabe o que escreveu mas outra pessoa pode não perceber o que lá está escrito (a estrutura do material ou o seu conteúdo). Quem elabora um material para ser partilhado tem de pensar que os outros têm de compreender esse mesmo material.

Recursos Educativos Abertos

1º Post : Ten Universities with the Best Free Online Courses

Este post foi a minha primeira opção, faz referência ao site Education Portal. Estamos perante uma grande mudança na educação, e são cada vez maiores as forças que vão de encontro ao conceito de auto didactas. Muitos são os que agora querem realizar uma formação contínua e querem melhorar o seu conhecimento pessoal, e muitos há que não têm recursos para efectuar os seus estudos universitários ou mesmo aumentar os conhecimentos que já possuem, por isso o mais fácil é recorrer às Universidades online, que oferecem um grande conjunto de cursos online e um vasto leque de materiais didácticos livres. Alguém, alguma vez sonhou que seria possível frequentar uma universidade sem pagar propinas? Então esse sonho agora é uma realidade. Todos agora temos a possibilidade de estudar.

Neste post podemos encontrar uma hiperligação para o site Education Portal, ai iremos encontrar um conjunto de hiperligações para várias Universidades Online. O site Education Portal apresenta um post com uma lista das 10 universidades mais conceituadas que estão a disponibilizar os melhores cursos online livres. Aqui podemos ficar a conhecer o que as 10 melhores Universidades Online têm para oferecer (tipo de material, cursos disponíveis, etc), ajudando assim a escolher na qual queremos fazer formação. Em suma, para quem deseja prosseguir com a sua formação, agora já pode encontrar aqui uma ajuda para a escolha da sua Universidade Online. Cada vez mais existem sites criados de forma duvidosa, por isso é sempre bom encontrar um lugar de apoio à escolha da nossa Universidade Online, sem termos a preocupação do pagamento de um elevado valor de propinas.

2º Post : List of 80 Tools for Publishing and Development Initiatives


A Online Education Database publicou uma robusta lista de 80 Ferramentas para edição e iniciativas de desenvolvimento de Recursos Educativos Abertos.


Neste site podemos visualizar – disposta por ordem alfabética - uma lista de 80 recursos online que permite aprender a construir ou a participar de um esforço colaborativo educacional que incide sobre a publicação e desenvolvimento desses materiais. É uma lista poderosa que contém um conjunto de recursos muito importantes para a criação de Recursos Educativos Abertos.

Para quem não conhece a maior parte destas ferramentas, pode aqui ter a oportunidade de visualizar o site de cada uma delas. Este post permite a quem anda à procura deste tipo de ferramentas, obter de uma forma simples um conjunto variado delas, sem que tenha de andar num motor de busca à sua procura. Permite que a exploração dos vários recursos seja feita de uma forma mais simples, sabendo que à partida já tem uma lista pré-definida de bons recursos. Este é um mundo completamente novo para mim e eu não tinha a noção da quantidade de recursos que já existiam para disponibilizar materiais didácticos, e não só, de uma forma gratuita e livre.

No post podemos visualizar a alegria de alguém ao visualizar que o seu trabalho foi reconhecido e que neste momento está na lista das grandes ferramentas online Confluence (Confluence - é um simples, mas poderoso wiki que permite criar e partilhar páginas, documentos e conteúdos). É de louvar as pessoas que acreditaram desde inicio que seria possível a partilha de todo o tipo de conteúdos e visualizar que o seu trabalho está a ser reconhecido e utilizado por muitas universidades de grande renome (Harvard Business School). Achei deveras interessante o caso de estudo feito por Johns Hopkins University case study on Confluence.

3º Post : Sistema open-source de educação

Muitos são os alunos que têm de abandonar as escolas porque os seus livros são demasiado caros, muitas vezes os livros escolares acabam por custar mais do que o próprio curso. Perante este problema Richard Baraniuk, propõe um mundo onde os livros texto e outros materiais de apoio à aprendizagem estejam disponíveis, gratuitamente, para todo o mundo, pela Internet e a baixos custos de impressão. Isto é algo magnífico. Aquilo que era um sonho agora é uma realidade. Estamos perante um movimento de ensino aberto, no qual qualquer pessoa, e em qualquer lugar, pode editar, reorganizar, adaptar e publicar os seus próprios cursos ou livros escolares abertos.

Mas Richard Baraniuk também imagina um mundo onde os livros didácticos estejam adaptados a muitos estilos de aprendizagem e traduzidos para uma infinidade de idiomas. Não podia estar mais de acordo, encontrar material didáctico no meu próprio idioma. Isto poderá ser uma forma ainda maior de cativar mais professores à partilha de informação.

Na minha opinião as grandes evoluções das tecnologias, da Internet, do padrão XML para textos e impressão a pedido, tornam o desenvolvimento e a disponibilização desses produtos tecnicamente possível e barato. Não existe qualquer dúvida de que é através dos computadores que estamos a criar uma comunidade global distribuída, em redor de materiais educacionais abertos, e que está a transformar a produção de livros escolares actual num vasto e dinâmico eco-sistema de conhecimento que está constantemente num estado de criação, utilização, reutilização e aperfeiçoamento. Algo que alguns anos era impensável, mas Richard Baraniuk acreditou ser possível. São pessoas como o Richard Baraniuk que fazem com que os livros livres sejam uma realidade cada vez maior, mais barata e melhores. O que era um sonho agora é uma realidade... Muitos são aqueles que ganham dinheiro à custa dos livros didácticos. Uma das grandes preocupações de Richard Baraniuk é acabar com essa exploração. Este é um vídeo que dá muita vontade de ver e ouvir até ao fiz.

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A escolha destes posts, estão de certa forma relacionados. Estamos a passar pela era da informação, a era do conhecimento, a era da partilha de informação e conhecimento. Esta partilha deverá ser feita de forma gratuita e livre. E para que tudo isto fosse possível existiu um conjunto de pessoas que trabalharam nesse sentido. De certa forma os Recursos Educativos Abertos não teriam alcançado o sucesso que alcançaram sem o apoio das Universidades Online, que disponibilizaram Recursos Educativos Abertos totalmente livres. As universidades são a chave para muito do sucesso dos Recursos Educativos Abertos, pois é a partir destas que se cria grande parte dos Recursos Educativos Abertos dos dias de hoje. Os alunos universitários são os grandes criadores dos Recursos Educativos Abertos, muitas vezes movidos pela motivação de verem os seus trabalhos a serem utilizados por milhares de pessoas. Mas as universidades recorrem muitas vezes a ferramentas de Recursos Educativos Abertos para partilharem os seus conteúdos didácticos e também para elaborarem recursos didácticos livres. Existe uma ligação entre as universidades online e os criadores deste tipo de ferramentas, todos estão a lutar para que o conceito de Recursos Educativos Abertos não termine e para que tenha ainda mais sucesso do que está a ter neste momento. A cada dia que passa existem mais ferramentas e mais universidades online a aderirem aos Recursos Educativos Abertos. Ninguém quer ficar para trás, todos querem apanhar o comboio da evolução. Muitos são os benefícios que os Recursos Educativos Abertos trazem para os alunos. A possibilidade de frequentar um curso sem pagar propinas é algo que nunca ninguém tinha imaginado. Mas os Recursos Educativos Abertos não são apenas materiais didácticos, são também livros. Livros que até pouco tempo eram tão caros que um aluno universitário quase não tinha dinheiro para pagar. Muitos foram os que desistiram da universidade por não terem dinheiro para os livros que muitas vezes custavam mais que as próprias propinas. Agora estamos perante a possibilidade de frequentar universidades online gratuitas, com livros e materiais livres. Livros esses que estão muitas vezes no nosso idioma, isto para que a aprendizagem seja de igual forma para todos. Existe importância em falar das universidades, pelo facto destas serem fundamentais para o desenvolvimento, criação e partilha de Recursos Educativos Abertos. O sucesso dos Recursos Educativos Abertos não seria o mesmo se não tivessem tido o apoio das universidades. Mas para cativar as universidades existe a necessidade de criar ferramentas apelativas e que estejam disponíveis para a divulgação de Recursos Educativos Abertos. A aderência deste conjunto de universidades e dos criadores de ferramentas de qualidade vieram permitir a estudantes uma possibilidade que outrora não tinham. Agora estes estudantes já podem usufruir de um enorme conjunto de materiais e de livros grátis e livres. Não podemos esquecer que a evolução da Internet, do computador, do padrão XML, veio contribuir para que toda esta evolução dos Recursos Educativos Abertos fosse possível. Contribuindo também para uma organização social diferente, globalizada. É de louvar todos aqueles que têm contribuído para o sucesso dos Recursos Educativos Abertos.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Lista de sites para Publicação de REA

Link : Open Education Resource (OER) Tools for Publishing anddevelopment Initiatives

A existência de um movimento de software livre e a iniciativa OpenCourseWare da MIT com sucesso, veio fazer com que muitos ambientes académicos disponibilizassem os seus cursos e conteúdos de forma livre e aberta. Estes recursos são voltados para o ensino, aprendizagem e pesquisa, disponibilizados de forma livre e aberta para a comunidade académica em geral.

Muitos são aqueles que têm contribuído para a realização dos Recursos Educativos Abertos nos últimos anos. Os Recursos Educativos Abertos vêm fornecer a possibilidade de um ensino autónomo e da disponibilidade de materiais didácticos online. Todas as pessoas têm acesso a estes cursos, módulos, programas, palestras, missões, testes, actividades, jogos, simulações e ferramentas para criar estas componentes.

Os Recursos Educativos Abertos para além de incluírem os OpenCourseWare ou outros materiais didácticos, também podem oferecer meios para alterar os cursos através da edição, manipulação e adição, com a publicação das alterações efectuadas, bem como a possibilidade de alterar as ferramentas que fazem a partilha desses mesmos recursos. Existe a possibilidade do estudante criar novas ferramentas educativas e documentos para melhorar os Recursos Educativos Abertos. Esta possibilidade é fundamental para o desenvolvimento dos Recursos Educativos Abertos. Podemos desta forma melhorar os conteúdos didácticos uns dos outros, o que geralmente é feito com grande qualidade. Esta qualidade vai permitir aumentar a qualidade do ensino.

Este site mostra a lista – disposta por ordem alfabética - de 80 recursos online que permite aprender a construir ou a participar de um esforço colaborativo educacional que incide sobre a publicação e desenvolvimento desses materiais. É uma lista poderosa que contém um conjunto de recursos muito importantes para a criação de Recursos Educativos Abertos. Estes recursos têm sido criados por uma comunidade que tem como objectivo a divulgação do conhecimento de uma forma livre e gratuita. Alguns destes recursos permitem aos seus colaboradores um conjunto de multitarefas. Estes colaboradores vão desde instituições, faculdades ou universidades, educadores, estudantes, até o público em geral. Esta lista não é uma lista padrão. Algumas universidades foram eliminadas devido à existência de limitações na colaboração permitida pelos educadores. Os recursos aqui referidos referem-se ao ensino superior ou englobam todos os níveis da educação.

Para quem não conhece a maior parte destas ferramentas, pode aqui ter a oportunidade de visualizar o site de cada uma delas. Este post permite a quem anda à procura deste tipo de ferramentas, obter de uma forma simples um conjunto variado delas, sem que tenha de andar num motor de busca à sua procura. Permite que a exploração dos vários recursos seja feita de uma forma mais simples, sabendo que à partida já tem uma lista pré-definida de bons recursos. Ao utilizar um motor de busca iríamos encontrar várias ferramentas de Recursos Educativos Abertos, mas nunca iríamos conseguir ter a percepção da variedade, qualidade e quantidade de recursos que existem. Fiquei tão maravilhada que comecei logo a fazer a exploração de alguns destes recursos, que são muito bons. Este é um mundo completamente novo para mim e eu não tinha a noção da quantidade de recursos que já existiam para disponibilizar materiais didácticos, e não só, de uma forma gratuita e livre.

Universidades Online

Nos dias de hoje as transformações socioculturais que estamos a viver têm alterado o modo como o ensino é, hoje, compreendido e valorizado. Cada vez mais estamos a dar importância à formação continua ao longo da vida, e a deixar de lado a ideia de que o ensino é visto como um momento único que precede a inserção no mercado de trabalho.

“The amount of new knowledge generated in the last 30 years is greater than that generated during the rest of human history.” (McCormack et al, 1998).

Perante este cenário foi necessário, ao longo destes anos, as instituições de ensino criarem formas de transmissão de conhecimento que fossem de encontro às novas necessidades dos novos alunos. Existe a necessidade de redefinir o espaço tradicional de ensino para permitir uma maior flexibilidade por parte dos alunos. Estamos perante um cenário de grande preocupação por parte das universidades, não só pela grande crise económica, mas também pela multiplicação de alternativas de ensino. Esta multiplicação de alternativas de ensino deve-se essencialmente ao facto do alargamento do número de universidades e ao aparecimento de outras instituições de ensino. Este crescimento tem lançado novos desafios a estas instituições. Agora, as universidades têm a necessidade de conquistar alunos, e, sobretudo, garantir a qualidade do ensino e a sua acessibilidade.
Para aumentar a qualidade do ensino muitas foram as universidades que aderiram aos Recursos Educativos Abertos. Esta atitude vai de encontro ao que dizia David Wiley "Os Recursos Educativos Abertos permitem aumentar a qualidade do ensino". Segundo este mesmo especialista, a abertura e a transparência dos Recursos Educativos Abertos aumenta a qualidade dos conteúdos. São muitas as universidades que têm cursos online grátis e com um vasto leque de Recursos Educativos Abertos.

A escolha do meu primeiro post vem de encontro ao que escrevi anteriormente. São cada vez maiores as forças que vão de encontro ao conceito de auto didactas. Muitos são os que agora querem realizar uma formação contínua e querem melhorar o seu conhecimento pessoal, e muitos há que não têm recursos para efectuar os seus estudos universitários ou mesmo aumentar os conhecimentos que já possuem, por isso o mais fácil é recorrer às Universidades online, que oferecem um grande conjunto de cursos online e um vasto leque de materiais didácticos livres. Link : Education Portal.


Somos levados a pensar sobre a qualidade destes materiais. Devo referir que as melhores universidades do mundo estão a apostar no novo conceito OpenCourseWare. Este conceito significa a divulgação pela Internet, de um vasto conjunto de conteúdos didácticos criados pelas universidades. Estamos perante uma nova tendência do sector educacional que deve ser acompanhada de perto por todas as universidades (e não só). Esta tendência pode ser uma ameaça ou uma oportunidade para as instituições de ensino. As universidades têm um papel importante na divulgação e criação dos Recursos Educativos Abertos. O site Education Portal apresenta uma lista das 10 universidades mais conceituadas que estão a disponibilizar os melhores cursos online livres. Passo a descrever um pouco do que cada uma pode oferecer:

1. Massachusetts Institute of Technology (mit.edu)
O MIT, Massachusetts Institute of Technology, disponibilizou uma vasta quantidade de cursos acessíveis on-line. Cada aluno vai encontrar em cada curso muita informação sob a forma de streaming de vídeo, livros online, entre outras documentações. Estes documentos estão traduzidos em diferentes línguas. Tem-se então praticamente tudo o que é necessário para seguir o curso em questão. Existem alunos de todo o mundo a usar o OpenCourseWare e 96 por cento dos visitantes deste site refere que gostaria de recomendá-lo a outra pessoa. O MIT foi a primeira Universidade a implementar o conceito de OpenCourseWare.
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2. Open University (open.ac.uk) Universidade Aberta (open.ac.uk)
Esta universidade tem mais de 200.000 alunos; Fundada em 1969, é aberta a todos; não exige qualificações anteriores; actualmente 7.653 alunos são portadores de deficiência física e mais de 100.00 alunos estudam online. As características da Open University são: Filosofia de “Abertura” e de qualidade. Os materiais de estudo que esta universidade disponibiliza são: Home kits para experiências; Materiais impressos; Audiovisuais; Apoio online (First Class/ Lyceum); Escolas residenciais e Exames presenciais.
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3. Carnegie Mellon University (cmu.edu)
A Carnegie Mellon University oferece cursos gratuitos OnLine através do seu programa chamado Open Learning Initiative. São muitos os cursos disponibilizados gratuitamente, por exemplo: biologia, química economia, francês e física.
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4. Tufts University (tufts.edu)
Como o MIT, Tufts oferece o OpenCourseWare gratuitamente para qualquer utilizador da Internet.
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5. Stanford (stanford.edu)
Stanford University, uma das líderes mundiais no Ensino Superior, juntou forças com o iTunes U para prover acesso aos seus cursos, leituras e entrevistas. Os cursos podem ser baixados e tocados em iPods, PCs, e Macs e podem ser queimados e médias de CDs.
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6. University of California, Berkeley (berkeley.edu)
UC Berkley oferece webcasts de seus cursos desde 2001. Actualmente centenas de cursos de Berkley em formato de PodCast e WebCast, em temas como astronomia, biologia, química, etc.
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7. Utah State University (usu.edu)
Utah também oferece cursos que vão de antropologia e física. Os cursos podem ser acedidos directamente da página da universidade, ou baixados em arquivos de winzip.
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8. Kutztown University of Pennsylvania (kutztownsbdc.org)
O Centro de Desenvolvimento de Pequenos Negócios da Kutztown University oferece uma grande quantidade de cursos gratuitos na Internet. São compostos por textos, case studies interativos, slides, gráficos e arquivos de áudio em streaming .
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9. University of Southern Queensland (usq.edu.au)
É vasta a lista de cursos gratuitos e livres, oferecidos em áreas como comunicação, ciências, tecnologia, docência, etc.
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10. University of California, Irvine (uci.edu)
UC Irvine recentemente juntou-se ao consórcio da OpenCourseWire (OCW) com o MIT, e passou a oferecer os seus cursos online. São muitos os cursos disponiveis.
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O termo "Recursos Educacionais Abertos" foi criado a partir de um Fórum sobre o Impacto do OpenCourseware para a Educação Superior em Países Desenvolvidos da UNESCO, em 2002. Recursos educacionais abertos são bens educacionais e recursos oferecidos livremente e abertamente para qualquer pessoa usar e, sob algumas licenças, adaptar, melhorar e distribuir.

O maior benefício dos Recursos Educativos Abertos é permitir-nos corrigir o trabalho uns dos outros, o que geralmente é feito com grande qualidade. Na universidade, os professores usam geralmente Recursos Educativos Abertos, que passam muitas vezes a ser matéria de ensino para outros professores, que ao serem vistos e revistos pelos mesmos, aumentam a sua qualidade. Este fluxo contínuo vai permitir a dita “revisão de Recursos Educativos Abertos, onde as pessoas corrigem os trabalhos umas das outras e deixam comentários sobre a qualidade dos mesmos. Perante este cenário, o uso dos Recursos Educativos Abertos na educação permite aumentar a qualidade do ensino.

Com o fluxo anteriormente referido, aumenta a responsabilidade, e a qualidade dos trabalhos é maior. A forma como será gerida o fluxo, o aumento da abertura e da responsabilidade, será a principal mudança na maioria das universidades. O conteúdo é uma parte importante do modelo de qualidade de qualquer universidade.

Para acelerar o desenvolvimento dos Recursos Educativos Abertos nas universidades é fundamental que os professores captem a atenção dos alunos, porque, por norma, os alunos são os melhores a criar Recursos Educativos Abertos na universidade. A elaboração dos projectos finais são uma boa oportunidade para levar os alunos à criação de Recursos Educativos Abertos. Quando os alunos sabem que os seus trabalhos serão vistos por outros alunos, empenham-se e desenvolvem um melhor trabalho e produzem melhores trabalhos que serão incluídos nos seus currículos depois de terminarem a licenciatura. Este modelo favorece o desenvolvimento do processo, uma vez que os custos para a universidade são muito reduzidos.